Descolei uma vaga do Prouni para o curso superior de Sistemas da Informação pela universidade Estácio na pouco falada e sofredora de certo preconceito modalidade EAD (Ensino a Distância). Não pretendo nessa postagem apontar vantagens/desvantagens da modalidade ou coisa do tipo porque ainda não tive experiência prática (começo neste semestre). Irei escrever sobre minhas expectativas com o curso e quais fatores me dizem que tomei uma decisão acertada.
Para começar, sempre tive problemas com as aulas presenciais. Talvez possa se dizer que seria putaria ou preguiça, mas já cheguei a ser reprovado por faltas mesmo tendo boas notas, então podemos excluir a preguiça.
A vida é curta demais para perder tempo preso na sala de aula. (Momento filosofo de padaria)
Sempre aprendi sozinho e amo estudar dessa forma. Até sentia que aprendia bem mais quando deixava de ir as aulas para acampar pela biblioteca no meio de vários livros do mesmo assunto. Meu pensamento sempre foi: se tantos especialistas já escreveram sobre o assunto e tenho acesso ao conhecimento de todos com tanta facilidade, por qual razão eu iria querer ficar em uma sala cheia de outras pessoas leigas e apenas um especialista? Se um livro me deixava confuso e presenteava com a sensação de ser impossível aprender sobre polinômios, o outro me mostrava que era maior bobagem. E a sensação de aprender sozinho era bem mais foda. Havia uma ligação entre aqueles autores e eu. Uma ligação inexistente com meus professores (não que eles fossem péssimos docentes ou tivessem alguma culpa).
Mas foram aí que minhas reprovações por faltas cresceram e me fizeram abandonar um curso no disputado “Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia” do estado que vivo.
Ô caralho, eu sabia que o problema não era comigo, afinal, eu aprendia, eu sabia, eu tirava boas notas. Mesmo assim, fiquei um bom tempo quebrando a cabeça e aos trancos e barrancos ainda cheguei ao último semestre de um curso técnico presencial de redes de computadores.
E era fodasticamente chato.
Após sobreviver a cenas como essa, eu iria passar a manhã ouvindo sobre as diferenças entre TCP e UDP.
Pegava busão lotado as 6 da manhã e chegava 1 hora atrasado. Voltava de busão e já era mais tempo para chegar em casa. Tudo isso para não acharem que morri e cancelarem minha matrícula ou coisa assim. Só ia as aulas para saber dos assuntos e fazer as avaliações. Aprendia rápido os assuntos e ficava semanas estudando outros não relacionados ao curso no enorme tempo livre que sobrava (em uma semana eu acabava vendo o assunto que o professor planejava dar em um mês).
Ficou óbvio que se tivesse que ficar 4 anos fazendo isso, eu iria tentar o suícidio novamente.
Por esses motivos que acredito no EAD e eu, no eu e o EAD.
Ignorei tudo que pessoas desconhecedoras da causa diziam, como: “Não dá para aprender sozinho”, “Não vai conseguir emprego com um diploma EAD”… E meti as fuças.
Claro que antes dei uma boa pesquisada e descobri coisas como: o tal “diploma” ser igual a qualquer outro, reconhecido pelo mec e sem nenhum asterisco que aponte a pessoa formada como frequentadora de um curso a distância. No fim das pesquisas, acabei gostando ainda mais da ideia do que inicialmente.
Como um professor de história dizia: “Foda-se a faculdade, o aluno que escolhe como é melhor absorver conhecimento.”
Ele era um pouco Anarquista e Rage Against The Machine ao extremo, mesmo assim adotei seu conselho.
Sobre o curso? Bastante expectativa para encarar a teoria que quando tinha quinze anos sempre ignorei enquanto aprendia a programar. A matemática, organização de projetos, toda essa porra mais profissional… O mais legal é que haverá mais assuntos que dominarei para poder escrever. Quem sabe não acabo dando um up nos assuntos que trago para o blog?
Sei que eu deveria ter criado esta postagem no sábado a noite e, como forma de pedir desculpas, deixo este gif que poderá ser usado na próxima vez que perguntarem o que você estava fazendo ao invés de cumprir o prazo para completar uma tarefa.
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